A expectativa com as contratações temporárias no fim de 2022 foram superadas em 10% no comércio do Distrito Federal. Pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-DF após o período de festas revelou aumento no índice de empresários que, de fato, contrataram algum funcionário para reforço das equipes de venda.

Das 503 empresas entrevistadas, 33% confirmaram ter convocado trabalhadores, principalmente nos meses de novembro e dezembro. O índice apurado anteriormente indicava que 30% dos lojistas tinham a intenção de contratar.

Outro registro positivo foi o índice de contratação definitiva – ou seja, a possibilidade de o trabalhador ser efetivado na vaga. Segundo o IF, houve um aumento de 22% na proporção de empresários que pretendiam continuar com o trabalhador temporário em 2023. Antes, 52,7% dos entrevistados diziam haver possibilidade de converter a contrato de trabalho temporário em efetiva. O novo levantamento mostrou que essa porcentagem subiu para 64,5%.

O gerente de uma loja de calçados em São Sebastião, William Almeida da Silva, confirmou que a empresa planejou a expansão do quadro de funcionários ainda no início do último trimestre do ano passado. Para isso foram contratados dois vendedores e dois operadores de caixa no fim de novembro. “Assim que passou o período de maior movimento, decidimos manter dois deles para conseguir suprir a tabela de folgas e férias neste início deste ano”, explicou o gerente.

Com isso, o índice de contratação média revelado na pesquisa pós-vendas de fim de ano passou de 2,96 para 2,99 funcionários. Lojas de utilidade, calçados, eletrônico, vestuário, óticas e perfumaria registraram alta, em relação ao cenário prospectado na pesquisa anterior. Supermercados, que tinham a previsão de maior alta nas contratações, no entanto, registraram forte queda. Entre os principais motivos para a não contratação, manteve-se a justificativa de “quadro funcional suficiente” (46,08%).

A maior parte das contratações ocorreram na 2ª quinzena de novembro, com 48,8%, sendo seguida pela 1ª quinzena de dezembro (25,9%) e 1ª quinzena de novembro (20,48%). Entre os pré-requisitos mencionados pelas empresas na expectativa, a maior parte se manteve no realizado, com destaques para experiência anterior (21,57%), comportamento proativo com 18,27% e escolaridade, com 17,51%, que foi pouco mencionado na expectativa (6,81%). 

Natal
Uma outra pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-DF mostrou que as vendas foram melhores para 72,11% dos lojistas entrevistados. O levantamento foi realizado entre os dias 26 dezembro de 2022 e 11 de janeiro de 2023, com as mesmas 502 empresas entrevistas na pesquisa sobre expectativa de vendas.

Segundo o IF, 23,11% dos lojistas consideraram as vendas iguais a 2021, e 4,78% menores. Com isso, a expectativa de aumento nas vendas em 2022, que incialmente eram de +23,71%, passou a ser, efetivamente após a data, de +16,58% – variação negativa de 30,1%.

O valor do ticket médio registrado no pós-vendas foi de R$ 210,05 – 14,4% menor que o índice apurado na expectativa, que foi de R$:245,15.

A utilização das formas de pagamento ficou próxima às expectativas dos lojistas, com uma leve migração de cartão de crédito (76,5%) para débito (19,52%) e dinheiro (3,98%).

Sobre os preços das mercadorias, 87,8% dos lojistas entrevistados indicaram que os mantiveram no período da data comemorativa, em relação ao preço adotado para as mercadorias no Natal de 2022. Outros 11,2% aumentaram os preços e apenas 1% diminuiu. Para aqueles que indicaram aumento dos preços, o reajuste foi 7,52%.

Da Fecomércio-DF (https://www.fecomerciodf.com.br/)

Texto: Sinval Souza