Em 2022, mais de 4 mil estudantes entraram no mercado de trabalho através dos programas Aprendendo a Fazer e de Estágio do Instituto Fecomércio. A conquista, além contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Distrito Federal, colabora para a autonomia dos jovens.
A metodologia de ensino adotada nas turmas de aprendizagem, que atendem jovens de 14 a 24 anos, associa práticas laborais nas empresas parceiras e aulas semanais sobre temas pertinentes à vivência em sociedade e ambiente profissional. Um dos assuntos que desperta grande interesse é os direitos e deveres no trabalho.
“Nunca tinha trabalhado antes e não sabia de muita coisa que a gente aprendeu aqui sobre os nossos direitos, sobre o que é certo a empresa fazer ou não, como se comportar na empresa de forma mais profissional, até sobre o tipo de roupa que a gente utiliza e como montar um currículo” afirmou Emylle Rodrigues, 18. A aprendiz destacou que, tanto as aulas quanto a parte prática do programa contribuem para a compreensão da importância das atividades desenvolvidas nas empresas.
Segundo a supervisora pedagógica, Rosana Elvas, o programa do IF busca entender os processos de aquisição e modificação dos conhecimentos e comportamentos na formação de cidadãos conscientes do seu papel na sociedade. “No Instituto presamos pela aprendizagem que se baseia no desenvolvimento de capacidades e qualidades individuais o que se traduz no saber fazer, saber ser, saber estar e saber viver”.
Dinâmicas sobre senso coletivo e empreendedorismo também marcaram os estudantes de forma positiva. Henrique Moreira, 17, explicou que, após as aulas, alguns aprendizes passaram a se interessar por abrir seu próprio negócio. “A gente tinha que montar uma empresa e dar nome social, pensar como vai ser a renda dela, fazer uma empresa fictícia. Achei muito interessante, ensinou, de fato, como a gente poderia abrir uma empresa; como lidar com a economia; como a gente poderia administrar; algo que eu não imaginaria do curso”, disse o estudante.
“Não é fácil ser empreendedor e saber montar um negócio, requer esforço, determinação, esforço coletivo, não só seu com as outras pessoas, mas com todo mundo […] cada um tem seu papel, cada pessoa deve fazer uma coisa e isso contribui para o todo”, adicionou Mirele Ferreira, 20.
Os jovens complementaram dizendo que o acolhimento da equipe do Programa Aprendendo a Fazer vai além da sala de aula e passa pela atenção com a saúde física, mental e bem-estar e que, além dos ensinamentos teóricos, eles adquirem uma grande bagagem de experiências nas empresas conveniadas onde trabalham.
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